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O que alimenta a violência sexual na medicina?

Nos primeiros dias de julho, o país ficou estarrecido com a denúncia do abuso sexual cometido por um médico anestesista contra uma mulher negra aos seus cuidados durante o parto por cesariana. O episódio foi gravado em vídeo por enfermeiras e técnicas de enfermagem que desconfiaram da quantidade exagerada de sedativos aplicada nas grávidas pelo anestesista e decidiram filmá-lo durante o atendimento. Para isso, na última hora, trocaram a sala de parto e esconderam um celular em um armário do centro cirúrgico.

As cenas registradas são horripilantes e levaram à prisão em flagrante do agressor, Giovanni Quintella Bezerra, um médico de 32 anos, branco e bem-sucedido, que foi acusado de estupro. Mais vítimas que podem ter sido abusadas pelo médico procuraram as autoridades e a polícia investiga cerca de 40 cirurgias nas quais o anestesista atuou. Ainda em julho, o ginecologista Ricardo Teles Martins também foi preso após ser acusado de assediar e abusar sexualmente de várias mulheres em Hidrolândia, no Ceará.

A reportagem do Medscape ouviu quatro especialistas para comentar os aspectos suscitados por esses casos recentes e também os elementos que cooperam para a ocorrência de crimes dessa natureza. Foram entrevistados o Dr. Claudio Cohen, psiquiatra e bioeticista, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Daniela Pedroso, psicóloga com 25 anos de experiência com vítimas de violência sexual; Dr. Jefferson Drezzett, professor da disciplina de saúde sexual e reprodutiva e genética populacional da Universidade Federal do ABC (UFABC) e do departamento de Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade da Faculdade de Saúde Pública da USP; e a Dra. Maria Alice Scardoelli, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo.

Fonte: (Mônica Tarantino/Medscape) /

https://portugues.medscape.com/verartigo/6508277?reg=1#vp_1

 

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