As Promotoras Legais Populares (PLPs) de Americana – Silvia Regina de Barros, composto por mulheres comprometidas com a promoção dos direitos humanos e da justiça de gênero, emitiram uma nota pública de repúdio no dia de ontem (22) via mídias sociais, diante de denúncias de abuso psicológico praticado por um líder religioso contra mulheres integrantes de uma casa de religião afro-brasileira.
Segundo representantes das PLPs, o repúdio não se dirige às religiões de matriz africana — que o grupo reconhece como expressões legítimas da cultura, espiritualidade e resistência do povo negro —, mas sim ao uso da fé como ferramenta de opressão.
As Promotoras Legais Populares de Americana reafirmam seu compromisso com a luta contra todas as formas de violência que atingem mulheres e crianças. “Nos posicionamos contra qualquer tipo de liderança ou instituição que pratique ou acoberte violações, sobretudo aquelas que se utilizam da espiritualidade para impor o medo, o silêncio e a submissão. Seguiremos atentas e atuantes na defesa incondicional da vida, da integridade e dos direitos das mulheres e meninas. Toda forma de violência deve ser denunciada. Nenhum espaço está acima da lei ou do respeito”, afirma a nota.
O grupo reforça ainda que acolherá e acompanhará as vítimas que desejarem apoio, incentivando que denúncias sejam formalizadas junto aos órgãos competentes.
Com mais de duas décadas de atuação no Brasil, as PLPs têm como missão capacitar mulheres em direitos e cidadania para que possam atuar em suas comunidades como agentes de transformação, combatendo injustiças e promovendo a equidade de gênero.
A nota se soma a outras iniciativas que buscam romper com o ciclo de violência institucionalizada, especialmente quando esta se manifesta em espaços que deveriam ser de acolhimento, proteção e fortalecimento da identidade individual e coletiva.
Para mais informações ou para buscar apoio, as PLPs de Americana podem ser contatadas por meio de suas redes sociais ou canais institucionais – @plpamericanasp