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Pré-COP30 reúne mais de 70 delegações com agenda da conferência sob pressão

Acontece em Brasília hoje e amanhã (13 e 14/10) a Pré-COP, reuniões preparatórias para a conferência do clima que tentarão antecipar consensos e debates que serão centrais em Belém. Segundo o presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, 72 delegações participarão do encontro, que apresentará o progresso de iniciativas como a Agenda Ação, o Roteiro de Baku a Belém para os US$ 1,3 trilhão e os Círculos de Liderança da COP30, de acordo com a Veja.

A lista de pendências a menos de 30 dias da 1ª conferência do clima a ser realizada na Amazônia é desafiadora. Se questões como a hospedagem na capital paraense [leia mais aqui] e o credenciamento para a Blue Zone [área dos negociadores da COP] como lembra a Exame, ainda preocupam, o temor é ainda maior quanto aos temas que guiarão a COP30, que quer se marcar por implementar ações, e não mais lançar compromissos, como as COPs anteriores. Isso inclui as metas climáticas (NDCs) dos países, financiamento, eliminação dos combustíveis fósseis e planos efetivos de adaptação climática.

Em desabafo, Corrêa do Lago classificou como decepcionante o número de NDCs entregues até agora à ONU – 62 até 6ª feira (10/10), informam Agência Brasil e IPAM. O diplomata admitiu que o atraso pode prejudicar os relatórios temáticos elaborados pelas Nações Unidas e, portanto, os debates da conferência, segundo Folha e O Globo.

Contudo, o presidente da COP30 tentou relativizar o problema, de acordo com a IstoÉ Dinheiro. “Praticamente todos os países estão alegando que o atraso está ocorrendo porque eles querem fazer NDCs muito sérias. Isso quer dizer o quê? Que o Acordo de Paris está funcionando. Ninguém vai se arriscar e fazer uma NDC irresponsável”, disse.

O cenário geopolítico colabora para essa lentidão, assim como ameaça a ida de alguns países à COP30 – mais até do que a hospedagem. Mas, para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o fato de nações como Argentina e Estados Unidos serem negacionistas “não significa um apagão da presença” deles na COP30, informa a Folha. Ela ressalta que essas nações estarão representadas na cúpula por meio de entes governamentais subnacionais e da sociedade civil.

O grande nó a ser desatado em Belém é o financiamento climático. Nesta semana, o governo brasileiro espera obter apoio para aprovar um documento com medidas para garantir a meta de US$ 1,3 trilhão anuais em financiamento até 2035, segundo o g1. A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda (MF), Tatiana Rosito, vai a encontros em Washington tratar do tema. Ela ainda participará das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial.

Enquanto busca caminhos para os US$ 1,3 trilhões anuais, o Brasil aposta no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) como uma grande entrega financeira na COP30, reforça na Folha o secretário-executivo do MF, Dario Durigan. Para Corrêa do Lago, o TFFF não interfere na necessidade dos negociadores encontrarem outras soluções factíveis para financiar a descarbonização e a transição energética em países em desenvolvimento, informa o R7.

O governo brasileiro está finalizando para a COP30 uma carta em defesa do combate à pobreza e à fome e em defesa da ação climática. O documento será apresentado durante a cúpula de chefes de Estado dos dias 6 e 7 de novembro em Belém, no Pará.

Fonte: https://climainfo.org.br/2025/10/12/pre-cop30-reune-mais-de-70-delegacoes-com-agenda-da-conferencia-sob-pressao/

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